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JANO – o deus das portas

“Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!”
Trecho da composição de Toquinho e Vinícius de Moraes

Jano foi um famoso deus romano, tido como o deus das portas e dos arcos da arquitetura da época. A razão para sua adoração era que as portas eram vistas como transições de tempo e portais. Seu templo em Roma era um recinto aberto com grandes portões em cada extremidade.

Jano era visto como deus do tempo em termos de começos e términos, bem como das transições. Era ele o mestre do tempo, do início e do fim de vários eventos, como estações, meses e anos, além dos estados de existência, como o tempo de guerra e o tempo de paz. Janeiro é o mês do começo, e o nome desse mês é uma homenagem ao deus dos começos e da finitude.

Possivelmente, Jano era uma antiga divindade tribal adorada na região quando os antigos gregos vieram do leste. Por isso, sua origem é desconhecida, e em muitos textos ele é colocado como um deus primordial, que existia antes de tudo.

Foi retratado com duas faces: um rosto que olhava para o passado e outro que olhava para o futuro, significando que ele podia ver tudo o que foi e tudo o que viria a ser. Não possuía a face do presente porque o presente é a transição entre o passado e o futuro, entre o nascimento e a morte.

Exclusivamente romano, sem equivalente grego, suas duas faces o faziam um deus dual, que apontava os opostos, as entradas e as saídas, sendo o presente o lugar de transformação para o alcance do fim.

Ao abrir uma porta, não se sabe o que ali se vai encontrar; de qualquer modo, vivenciar o que nos trouxe o presente irá nos conduzir ao portal do fim. As perdas e os ganhos estão no presentear de Jano, junto com a promessa de que tudo será efêmero. Portanto, ao abrir seu presente, aproveite para com ele brincar, pois tudo eventualmente se encerrará. E amanhã, uma nova porta se abrirá, e um novo presente vai te encontrar, sempre com duas faces, gêmeas e opostas.

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