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A NINFA ECO – e o poder das palavras

Eco era uma linda ninfa que amava os bosques e os montes por onde se
dedicava a contemplação, aos deleites que a natureza proporciona,
as vezes ia para a caçada junto com Ártemis a deusa da lua e da
caça. Porém tinha um grave defeito: falava demais e em qualquer
conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra.

Zeus, o deus do
Olimpo, amava seu canto e até pediu a ela que fosse até o monte
Olimpo cantar para ele adormecer. Era um grande prazer escutar sua
bela melodia.

Hera, a esposa de
Zeus, se mordia de ciúmes e já pensava em se vingar dessa ninfa que
acalentava seu marido com sua bela voz.

Um dia a deusa Hera
saiu à procura do marido, de quem desconfiava, que sempre estava se
distraindo com as ninfas. Mas Eco conseguiu entretê-la com sua
conversa até as ninfas fugirem. Percebendo isso, Hera a condenou:
“Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste, para uma
coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última
palavra, mas nunca poderá falar em primeiro lugar”.

Certa manhã a ninfa
viu Narciso, um belo jovem que perseguia a caça na montanha.
Apaixonada por ele, começou a seguir os seus passos, desejando
ardentemente poder dirigir-lhe a palavra, e dizer-lhe frases gentis e
agradáveis, para assim conquistar-lhe o afeto. Mas, como não
conseguia fazê-lo, em virtude do castigo imposto pela deusa Hera,
não teve melhor alternativa senão esperar que ele falasse primeiro,
para que ela finalmente pudesse responder. Quando Narciso procurava
pelos companheiros ele gritava bem alto mas Eco só conseguia
responder a última palavra. Quando Narciso viu a jovem, fugiu dela
por não compreender suas palavras e suas ações, ele a julgou
e a afastou.

Eco foi esconder sua
vergonha no recesso dos bosques e passou a viver nas cavernas e entre
os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo se transformou em
rochedos e só restou a sua voz. A ninfa continua ainda disposta a
responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer
a última palavra.


ECO nos ensina sobre a responsabilidade que temos sobre nossas
palavras e ações. A palavra sempre tem sido interpretada como um
verdadeiro poder. As palavras que usamos expressam nossos pensamentos
e emoções internas. Por isso, devemos ter cuidado com as palavras
que direcionamos às outras pessoas. A força da palavra decide
nosso futuro e define nossas vidas.

Por conta disso é
necessário que tenhamos amadurecimento emocional para conter as
palavras que poderiam ferir ou enganar outros. As palavras podem
proporcionar abundancia como também podem anunciar e manter
escassez .

Lidar de forma
assertiva com as palavras é um treino que deveríamos levar a
sério, inclusive para nos manter fieis a nós mesmos sem no
entanto esmagar o ambiente ao nosso redor com o peso de palavras
cruéis ou desprovidas de honestidade. Para ser honesto com o outro
eu terei de ser honesto primeiramente para comigo mesmo. E para
isso tenho de estar consciente daquilo que de fato estou
sentindo, lembrando que aquilo que sinto é meu portanto, a
responsabilidade pelo que sinto é minha e não do outro.

As palavras podem
estabelecer um clima emocional de tranquilidade e afeição, mas
também podem gerar o panico, a dor e o desamparo de um momento
para o outro.

Existe um método
interessante par lidar com as palavras sem sucumbir s ao
conteúdo emocional do momento. É o método da assertividade ,
grandemente utilizado em reuniões empresariais para que não
ocarra distúrbios emocionais a ponto de se perder o foco da
discussão e resolução dos problemas.

É a habilidade de
falar sim quando se quer dizer sim e de dizer não quando se
quer dizer não, mas sempre de modo a deixar para traz as
emoções e ir de modo claro e objetivo sem a carga emocional, sem
ofender e sem se ofender.

Numa reunião ou
numa conversa, entre na sala com sua objetividade e deixe lá
fora suas emoções, se prepare para ouvir também com objetividade
separando a emoção do outro de suas palavras. Jamais ofenda com
julgamentos, esses carregam a sua própria sombra, não, julgue,
PENSE.

É bem mais fácil
julgar, mesmo porque nossa sociedade é expert nisso, parece que
toda conversa falada e até mesmo na não falada, é inundada por
julgamentos. Se você parar um pouco e PENSAR ao invés de
JULGAR encontrará um
território de maior inteligencia emocional com empatia e
adequação de palavras.

O importante está
em ANUNCIAR aquilo que pretendo dizer de modo assertivo e DENUNCIAR
quando não recebo o mesmo tratamento. É muito mais profícuo
quando você diz: parece que você esta demonstrando desinteresse
ou mesmo parece que você está me agredindo, é isso mesmo?

Quando você expõe
dessa maneira sem usar de julgamento, mas questionando o outro
você terá sua resposta e a comunicação será mantida sem o
ruido. Ao passo que se você afirmar que o outro agrediu
receberá em resposta um outro julgamento sem a característica do
pensar, e aí a discussão ruidosa se estabelece. É pedrada para
todo o lado e com o passar do tempo seu corpo se tornará uma
rocha inerte, rígida e distante de sua própria natureza humana.

CURIOSIDADES:

De todas as ninfas
das montanhas, nenhum era mais charmosa que ECO. Mas, ela tinha um
defeito: tagarelava o dia todo e sobre qualquer assunto. ECO também
queria ter sempre a última palavra.

ECO nos ensina sobre
a responsabilidade que temos sobre nossas palavras e ações.

ECO

No âmbito da
acústica e de processamento de sinal de áudio, um eco é uma
reflexão de som que chega ao ouvinte pouco tempo depois do som
direto. Exemplo típico é o eco produzido no fundo de uma escadaria,
por um edifício, ou em uma sala, pelas paredes. Um eco verdadeiro
é uma única reflexão da fonte de som. O intervalo de tempo é a
distância extra dividida pela velocidade do som.

Chama-se
reverberação o fato de tantas reflexões chegarem ao ouvinte que
ele não as pode distinguir umas das outras.

A intensidade de um
eco é frequentemente medida em dB – decibéis com relação à onda
transmitida diretamente.

Ecos podem ser
desejáveis (como no radar ou sonar) ou indesejáveis (como nos
sistemas telefônicos).

Em computação, um
eco é a impressão ou visualização de caracteres à medida que:

são introduzidos
via um dispositivo de entrada,

instruções são
executadas, ou

estes são
retransmitidos e recebidos de um terminal distante.

É necessário
existir um obstáculo que esteja a mais do que 17 metros de distância
da pessoa que emite o som; o obstáculo tem que ser feito de um
material polido e denso que não absorva o som.

O ser humano detecta
dois sons que estejam separados por 0,1 segundos, ou seja, para a
velocidade do som no ar (340 m/s), esse tempo representa 34 metros.
Assim, se o obstáculo estiver a menos de 17 metros (ida e volta,
totalizando 34 metros percorridos pela onda acústica) não
detectamos a diferença entre o som que emitimos e o som que
recebemos, e desse modo, o eco não acontece apesar da onda.

Lunardon Vaz

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