HEFESTO, nasceu devido a uma competição de Hera com Zeus, o pai dos
deuses. É que Zeus havia dado à luz a deusa Atená que nasceu de sua
cabeça em grande esplendor, visto que ela é a deusa da fecundidade, da
vitória e da sabedoria. Hera, resolve então que também ela deve ter um
filho sozinha.
Dessa disputa desmesurada, nasce Hefesto que segundo a versão de
Homero, já teria nascido coxo. Humilhada com a fealdade do filho, Hera o
lançou do alto dos céus em direção a Terra. Após a queda que durou um
dia inteiro, o infeliz caiu no mar sendo recolhido por duas ninfas que o
guardaram numa gruta submarina por nove anos, onde Hefesto então,
tem sua longa aprendizagem trabalhando o ferro, o bronze, o ouro e
pedras preciosas, tornando-se o mais engenhoso de todos os filhos do
céu.
Hefesto agora é o senhor do fogo, até mesmo seu jeito claudicante de
andar lembra a dança da labareda.
São várias suas conquistas, além de ser esse deus a fazer todos os objetos
de metal necessários aos demais deuses, Hefesto criou a primeira mulher,
a irresistível Pandora!
Valente e destemido foi parte ativa nos combates e quando as águas
ameaçaram engolir Aquiles, Hefesto as venceu com seu fogo. O fogo que
incendeia a água!
Além do domínio sobre o fogo, apanágio dos xamãs, Hefesto tem o poder
mágico de atar e desatar os nós, ligar e desligar!
Assim sendo Hefesto, agora já amadurecido e pleno, fabrica e envia para
Hera, um trono de ouro, delicadamente trabalhado em pedras preciosas.
Hera ficou extasiada, jamais havia visto uma arte tão rica e bela, mas ao
sentar-se no trono ficou atada, ficou presa sem que nenhum dos deuses
pudesse libertá-la. Foi necessário que Dioniso embriagasse Hefesto para
que este, enfim, libertasse Hera.
Simbolicamente, essa saga nos diz que o filho conseguiu paralisar os
efeitos psicológicos que sua mãe lhe causava, tornando-o fraco e
inferiorizado.
Aquele que desejar seguir seu próprio caminho e viver seu propósito há de
se libertar psicologicamente de sua mãe! … acrescento que de seu pai
também!
Libertar-se psicologicamente, não significa deixar de amar ou de manter
um laço afetivo com os pais, significa tornar-se um individuum pleno em si
mesmo, amadurecido e de acordo com o seu próprio cerne emocional.
Sem depender de maternagem seja de uma companheira-mãe, seja de
uma ideologia ou religiosidade que dite seus pensamentos e modo de agir
e viver.
A sabedoria nos chega através desses arquétipos greco-romanos sempre
de modo espetacular!