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O CENTÉSIMO MACACO – um experimento em biologia

Será
que aquilo que já foi aprendido por um certo número de indivíduos
fica muito mais fácil de ser aprendido?

Para
a indústria marqueteira fica, pois eles tem um número que a partir
dele todo mundo fica sabendo. Basta que a ideia atinja 10% da
população para que alcance a todos.

O
biólogo Rupert Sheldrake conduziu um experimento na sua área, a
biologia, com macacos de uma certa ilha e para visualiza-los bem, o
cientista depositou batas doces num campo mais aberto e os macacos
desciam das arvores para delas se alimentarem, uma das macacas de
nome Imo passou a ir até o mar e lavar sua batata antes de come-la,
com o tempo ela ensinou os mais jovens e estes ensinaram os mais
velhos, quando o número de aprendizes atingiu o número 100,
verificou-se que grupos de macacos de outras ilhas demonstraram o
mesmo conhecimento.


Nesse experimento encontra-se a validação para a teoria do campo
morfológico, o qual em Psicologia Analítica Junguiana chamou de
Inconsciente Coletivo.

Morfo
vem da palavra grega morphe que significa forma; genética vem de
gêneses que significa origem. Os campos morfogênicos são campos de
forma, campos padrões, estruturas de ordem. Estes campos organizam
não só os campos de organismos vivos, mas também de cristais e
moléculas. Cada tipo de molécula, cada proteína, por exemplo, tem
o seu próprio campo mórfico – hemoglobina, insulina, etc. De um
mesmo modo cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de
instinto ou padrão de comportamento tem seu campo mórfico. Estes
campos são os que ordenam a natureza. Há muitos tipos de campos
porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza.

Segundo o
cientista, os campos mórficos são estruturas que se estendem no
espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas
do mundo material.

Embora
possam se fazer uma comparação aos campos magnéticos da física,
no entanto, não se trata de transmissão de energia através do
espaço-tempo, mas sim de informação tal e qual encontramos no
conceito de Inconsciente Coletivo de Jung, onde um aprendizado de um
único indivíduo abre caminho no inconsciente para que outros
aprendam.

É
isso que mostra o exemplo dos macacos.

Nele,
o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao
patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que
passa a ser compartilhado por toda a espécie.

O
“centésimo macaco” ao mudar o seu comportamento assegurou o
número suficiente para modificar a cultura de seu grupo e de todos
os demais grupos de outras ilhas que não tinham qualquer contato com
o seu.

Esse
processo de coletivização, anunciado por Sheldrake, pode ser a
explicação para as mudanças que ocorrem numa espécie por meio dos
atos de indivíduos.

O
Centésimo Macaco perfaz uma alegoria do momento em que vivemos em
que uma pessoa hipotética e anônima, a partir de mudanças em si
mesma pode ser aquele ou aquela que transformará nossa realidade.

A
maioria de nós não confia que possa enfrentar a ideia de mudar o
mundo. Os que sentem que podem criar um novo universo a partir de si
mesmos, encontram nesse mito a esperança e a coragem para fazerem
aquilo que se sentem atraídos a fazer. E se ver reconhecido num
mito, traz maior confiança e força para continuar a ser.

Mustafá
Ali Kanso no site HYPESCIENCE comenta:

Se
for definitivamente comprovado que os conteúdos mentais se transmite
imperceptivelmente de pessoa a pessoa, essa propriedade terá
aplicações óbvias no domínio da educação.

“Métodos
Educacionais que realcem o processo de ressonância mórfica podem
levar a uma notável aceleração do aprendizado”, conjectura
Sheldrake. E essa possibilidade vem sendo testada na Ross School, uma
escola experimental de Nova York dirigida pelo matemático e filósofo
Ralph Abraham.

Outra
consequência ocorreria no campo da psicologia. Teorias psicológicas
como as de Carl Gustav Jung e de Stanislav Grof, que enfatizam as
dimensões coletivas da psique, receberiam um notável reforço, em
contraposição ao modelo reducionista de Sigmund Freud (leia o
artigo “Nas fronteiras da consciência”, em Globo Ciência
nº 32).

Sem
excluir outros fatores, o processo de ressonância mórfica
forneceria um novo e importante ingrediente para a compreensão de
patologias coletivas, como o sadomasoquismo e os cultos da morbidez e
da violência, que assumiram proporções epidêmicas no mundo
contemporâneo, e poderia propiciar a criação de métodos mais
efetivos de psicoterapia.

“A
ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo,
seja ele bom ou mal”, afirmou Sheldrake a Galileu. “Por
isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina. Pois
nossas ações podem influenciar os outros e serem repetidas”.

Nas
palavras de Sheldrake:

“A
realidade é exuberante demais para caber na saia justa do figurino
reducionista”.

Sonia Lunardon Vaz – Analista Junguiana

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