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TIPOS PSICOLOGICOS DE CARL GUSTAV JUNG

  Psicologia Analítica Junguiana

Introdução:

APLICAÇÕES
DOS TIPOS PSICOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO

  • A identificação fornece elementos
    para o planejamento educacional dos grupos.

  • Atende às várias formas de se
    conhecer o mundo.

  • Maior aproveitamento pelos diferentes
    tipos psicológicos.

  • Localizar dificuldades individuais de
    aprendizagem.

  • Identificação da melhor maneira de
    apresentar os conteúdos escolares.

  • Criar programas de
    ensino-aprendizagem adequados.

  • Orientação
    vocacional e profissional.

Há 16 possíveis descrições
tipológicas e cada uma oferece uma gama de possibilidades e
capacidades específicas que poderão orientar uma maior ou menor
adaptabilidade a determinadas carreiras e profissões.

ALGUMAS
OBSERVAÇÕES CLÍNICAS

De acordo com minha pesquisa em
consultório que já data de 30 anos, foi observado que nossa
sociedade prima pelos tipos sentimental e sensação em detrimento
dos tipos pensamento e intuição, bem como privilegia a atitude
extrovertida em detrimento da atitude introvertida.

Os alunos que possuem atitude
introvertida com função intuitiva, por não serem devidamente
compreendidos pela sociedade basicamente extrovertida
sentimental/sensação, são tidos como lerdos, preguiçosos ou
hiperativos. Consequentemente encaminhados para tomarem Ritalina ou
outras drogas.

Frequentemente não encontrando
respaldo na escola e em seu lar, os alunos com este tipo psicológico
ficam refém de seu mundo de impressões imagéticas correndo um
risco enorme de se desviarem para vícios fatais.

De acordo com minha pesquisa de tipos
psicológicos dentro do consultório, a maioria dos alunos que
apresentam dependência química são introvertidos e ou intuitivos.

Meu trabalho tem por objetivo final
alertar todos os educadores sobre uma tipologia psicológica que
sempre existiu, contudo, ela é ignorada de modo a se constituir numa
das causas da dificuldade de aprendizagem e de desenvolvimento de
personalidade acarretando terríveis consequências.

A
obra “Tipos psicológicos” de Carl Gustav Jung foi
publicada em 1921, após dez anos de observação e pesquisa, e
representa a primeira grande obra de Jung após o rompimento com
Freud.

Sua
pesquisa o levou a perceber e comprovar que há duas atitudes diante
da vida: a atitude extrovertida e a atitude introvertida. Na
sequência Jung definiu quatro funções psíquicas: pensamento e
sentimento que são funções racionais e de julgamento e as funções
sensação e intuição que são instintuais e de percepção.

I.ATITUDES

1-EXTROVERSÃO

2-INTROVERSÃO


II.FUNÇÕES PSÍQUICAS

1-Irracionais: Sensação e Intuição

2- Racionais: Pensamento e Sentimento


 

São pares de opostos: 

extroversão x introversão; 

sensação x
intuição; 

pensamento x sentimento.

Embora todos os humanos possuam ambas as atitudes e as quatro funções
psíquicas, devido ao seu meio, se adaptam melhor a uma ou à outra.

Ao utilizar mais a função sensação, consequentemente, a função
intuição será a função inferior e vice-versa.

Se utilizar mais a função sentimento, significa que a função
inferior será a função pensamento e vice-versa.

Chama-se função inferior devido ao fato de ser relegada ao
inconsciente. De modo que quando ela surge, o que ocorre num momento
de suscetibilidade, ela vem à consciência carregada por conteúdos
inconscientes, portanto, aparecerá numa forma mais intensa.

Exemplo: Supondo que a função principal seja o sentimento, num
momento de conflito ou de fragilidade, que se sobrepõe é a função
oposta, a função pensamento, desse modo a pessoa se mostrará fria
e completamente distante, bem mais exacerbado em sua intensidade.

A função auxiliar é aquela a qual o indivíduo encontra seu apoio.
Se for sentimental poderá ter como apoio a função intuitiva ou a
função sensação. Esta função auxiliar se encontra mais acima do
limiar do inconsciente, pois é constantemente utilizada para
complementar a função principal.

I.
Atitudes

A
atitude define onde, preferencialmente, o sujeito foca sua atenção
ou qual rumo toma a energia psíquica, Se a atenção estiver voltada
para fora, para o mundo concreto de pessoas, coisas e fatos, temos a
atitude extrovertida. Se a atenção do sujeito estiver voltada para
si mesmo, para o mundo interno de representações e impressões
pessoais, então a atitude é definida como introvertida.

Extroversão

Na
extroversão as pessoas orientam-se de acordo com o ambiente externo
e são muito sus­cetíveis a ele. A experiência imediata tem
predominância sobre os aspectos subjetivos. Seu interesse está
voltado para o mundo externo, que é ao mesmo tempo orientador e
campo de ação. Tais pessoas tem facilidade em acomodar-se no mundo
e caminhar com ele, quer seja um caminho adequado ou não.

Geralmente
os extrovertidos apresentam urna disposição para a impulsividade,
uma espécie de “vamos viver a vida agora e depois pensaremos
sobre ela”. Preferem falar a escrever, ver e ouvir a ler. Tendem
a conhecer uma série de assuntos pela superfície, mas sentem
dificuldade em aprofundar seu conhecimento específico; são mais
generalistas do que especialistas. Acham fácil ter muitos amigos,
mas suas relações não costumam ser muito profundas.

Correm
o risco de ser envolvidos demais pelo mundo externo e suas
exigências, ficando assim muito distante de suas próprias
necessidades pessoais, o que lhes causa muitos transtornos e
aborrecimentos.

Uma
pessoa é considerada extrovertida por ser esta a sua disposição
mais habitual, e pelo fato de sua função diferenciada manifestar-se
de maneira extrovertida, ficando a função auxiliar numa disposição
introvertida.

Uma
pessoa com fortes características de extroversão tem a ten­dência
de assumir mais compromissos do que realmente pode dar conta, e só
percebe isso quando já não suporta tantas exigências externas. Um
outro fator próprio do extrovertido é que geralmente não se
importam de falar sobre si mesmo e de suas experiências de vida.

Introversão

As
pessoas introvertidas orientam-se por fatores subjetivos. No
introvertido o foco de atenção é deslocado para o seu mundo
interno de impressões, emoções e pensamentos – os seus próprios
processos internos. Embora em nossa cultura haja muito preconceito
quanto a uma atitude introvertida, devemos ressaltar que o aspecto
subjetivo da realidade é tão real quanto o aspectos objetivo.

O
introvertido tende a apresentar certa hesitação frente a uma
decisão, uma espécie de “vamos analisar e compreender a vida
antes de vivê-la”.

Possui
maior facilidade em escrever do que em falar, aprende melhor lendo do
que ouvindo e vendo. É mais especialista do que generalista, prefere
conhecer muito sobre poucos assuntos a pouco sobre muitos, aprecia
poucas mas profundas amizades e seu círculo de amigos tende a ser
pequeno.

Não
se deve confundir a introversão com timidez que se caracteriza por
uma ansiedade constante de não ser aceito pelo grupo a que se
dirige. Extrovertidos e introvertidos podem ser tímidos.

Exemplo:

Acontece
uma possível patologia quando o sujeito se deixa absorver totalmente
pelo seu mundo interior a ponto de se negar a entrar em contato com o
mundo exterior.

Apesar
de ser mais cômodo conviver com semelhantes, a convivência com o
oposto torna-se mais enriquecedor, pois o que falta no extrovertido
sobra no introvertido e vice-versa. Por via de tratamento psicológico
e orientação, o sujeito também pode aprender a extroverter ou
introverter de modo a obter uma composição entre as duas
disposições.

II.
Funções psíquicas

Funções
irracionais (ou funções de percepção)

As
funções irracionais condizem com duas maneiras possíveis de
receber informação sobre algo. Trata-se do modo de receber
informações do meio, para poder processá-las e agir no meio.

Podemos
perceber algo diretamente dos órgãos dos sentidos de modo a criar
uma ideia concreta sobre a informação, ou seja, de modo sensitivo
ou perceber de modo a não se fixar nas características concretas da
informação, mas nas possibilidades futuras da mesma, de onde vem e
para onde vai, utilizando-se assim da intuição.

Sensação

A
função sensação privilegia os órgãos dos sentidos.

É
a função que nos diz que algo existe.

As
pessoas que preferem receber informações através da sensação são
pessoas voltadas para o aqui-agora, mostrando-se práticas e
realistas.

Tendem
a aceitar as coisas como lhes parecem ser, não utilizando muito a
imaginação. Preferem ver as coisas funcionando, ao invés de criar
novos caminhos.

Preferem
ver as partes em vez do todo, aprendem melhor uma tarefa a ser
executada quando os passos práticos para tal são explicitados.
Apresentam bom controle psicomotor e preferem relacionar-se com
coisas concretas e objetivas.

Por
exemplo, são pessoas tipo sensação aquelas que, entrando em um
ambiente completamente novo, podem descrever detalhadamente os
objetos que compõem esse lugar.

O
aluno sensitivo aprende com maior facilidade quando o educador segura
em sua mão para formar a letrinha que está aprendendo. O toque
físico como a mão em seu ombro ou em sua mão proporciona-lhe
atenção redobrada porque o sensitivo é bastante ligado ao corpo, à
concretude das coisas. O educador deve explorar os sentidos como
abordagem para o ensino: olfato, tato, paladar, audição e visão.

Se
acontecer de desenvolver alguma patologia estará ligada a algo bem
corpóreo, por exemplo, a mania e a obsessão.

Intuição

Outra
maneira de receber informações é através da intuição.

Vou
me demorar a falar do intuitivo porque nossa sociedade está mais
adequada aos sentimentais e sensitivos. O aluno pensamento pode
sentir dificuldades nas relações que se fazem mais pelo sentimento,
mas o aluno intuitivo será o “diferente”, o “esquisito”, o
“estranho”, quando não aquele que precisa tomar Ritalina.

O
intuitivo não se fixa no dado concreto, no aqui-agora, mas vai além,
buscando o significado intrínseco das coisas e de suas
possibilidades futuras.

O
intuitivo vê o todo e não apenas as partes. Quando uma tarefa lhe é
designada, ele precisa compreender o todo para poder realizá-la a
contento.

São
pessoas que preferem planejar a executar. Estão sempre adiante de
seu tempo quanto a projetos e possibilidades. São mais criativas e
inovadoras do que o tipo sensação; mostram-se, no entanto, inábeis
para lidar com a realidade concreta de maneira prática e com a
rotina de uma atividade qualquer, o que para o sensitivo é fácil e
desejável.

Quando
o educador pede para desenhar uma árvore, o aluno sensitivo pegará
imediatamente o lápis e iniciará a tarefa, errando usará a
borracha e assim por diante. O intuitivo, precisa de um tempo para
formular essa árvore em sua tela mental, em sua imaginação para
somente depois disso coloca-la no papel. Caso o educador lhe forneça
esse tempo necessário para sua composição imaginativa, esse aluno
não utilizará a borracha porque sua árvore já estava pronta
restando apenas expressá-la totalmente acabada no papel.

Esses
alunos podem desenvolver ansiedade ou baixa autoestima caso lhe seja
exigido que sua produção seja do modo sensitivo.

De
acordo com minha experiência e pesquisa de 30 anos dentro do
consultório psicoterápico, pude averiguar que o aluno intuitivo
caso fosse extrovertido recebia a peja de ser hiperativo. Existe, no
entanto, uma explicação para tal comportamento. Como não lhe é
fornecido o tempo para sua composição imaginativa, ele procura
roubar esse tempo criando mecanismos como apontar o lápis, ir ao
banheiro, falar com os demais alunos, etc. E por se perceber
diferente dos demais acaba por gerar ansiedade e até mesmo um
sentimento de inadequação, o qual poderá progredir para algum
contexto patológico.

Por
outro lado, quando o aluno é intuitivo e introvertido em sua
atitude, os educadores poderão acreditar que ele seja antissocial,
preguiçoso, desatento, etc. gerando no aluno o mesmo sentimento de
inadequação que, por sua vez, poderá progredir para patologias
várias.

Como
o aluno intuitivo utiliza-se bastante da imagem, ele aprenderá com
mais facilidade quando os educadores utilizarem contos, cantos e
histórias. A música suave de fundo, essencialmente as músicas
clássicas podem ser um excelente veículo para sua aprendizagem,
pois a música capta seu senso imaginativo permitindo-lhe produzir de
acordo com sua tipologia que primeiramente vai para a imagem para
depois surgir no concreto.

Outra
situação ainda mais desfavorável que me foi dado a perceber em
minha prática psicoterápica junto aos intuitivos é que quando o
mundo não os acolhe de modo propício, pode acontecer de se deixarem
levar pelo seu mundo imaginário onde se sentem aconchegados e daí
ser muito fácil e por eles desejável a situação da intoxicação
seja por drogas, seja pelo álcool. Não é apenas um escape da
realidade de um meio que não o acolhe como ele é, mas também uma
necessidade altamente prazerosa por que aí estão em seu domínio e
lhes é fascinante posto que o intuitivo é criativo e inventivo de
modo que sua mente já se encontra em sintonia e aberta ao novo e ao
bizarro.

Sabe
aquela frase popular que diz “não esquece a cabeça porque está
grudada no pescoço”¿ Foi feita para os intuitivos. Eles não
concentram sua percepção no corpo das coisas, mas sim em seus
valores intrínsecos. É muito comum para o intuitivo fazer a compra
do mercado automaticamente enquanto está desenvolvendo mentalmente
aquele projeto de seu interesse. Como o indivíduo tem de dar uma
aula amanhã, está também mentalmente trabalhando nela, então, ele
pode guardar o controle remoto da TV dentro da geladeira.

Também
é bastante comum a esse tipo psicológico que o aluno esteja jogando
com seus amigos no computador enquanto está estudando para a sua
prova de matemática. Daí os educadores se mostrarem surpresos por
este aluno tirar nota boa sem estudar. Ele estuda, mas de sua
maneira, ou seja, em sua tela mental onde o filme e o projeto se
fazem. Da mesma maneira, é muito comum que este aluno não
concretize aquele determinado projeto que antes lhe causava
entusiasmo e isso porque na medida em que está feito em sua mente
pode significar para ele que já está pronto, passando imediatamente
a outro projeto.

Não
me é raro escutar de determinados tipos intuitivos que o seu livro
já está pronto, quando só está em sua mente e não no concreto.

A
rotina, a burocracia, a atividade comum não lhe sustenta. Ele
precisa de novos desafios, de quebra cabeças, de assuntos variados.
Demonstra interesse por tudo e com isso desenvolve muitos talentos.
Não é raro também, encontrar junto a esse tipo esmero e talento
para várias profissões, o que pode atrasar sua decisão de escolha.
No entanto, quando enfim se decidir, seu trabalho será nota 10, pois
não faz nada de modo improvisado, prima pela arte e perfeição.

Para
o educador tipo sensação, este aluno é um preguiçoso e só faz
bem feito quando ele quer.

Para
o aluno intuitivo, o educador sensitivo é sufocante e irritante
porque o está sempre a lhe julgar negativamente, porque não confia
em seu trabalho, porque está sempre a lhe exigir tudo na hora em que
ele quer e sempre lhe fala as mesmas coisas sempre.

Enquanto
o sensitivo percebe a sala escolar materialmente, elencando quantas
carteiras tem, quem senta em cada uma delas, qual é a cor da sala,
ou seja, suas características físicas, o intuitivo pode nem notar
que existe paredes ou teto, mas sabe exatamente do que se passa
emocionalmente naquele ambiente. Com muita facilidade detecta se seu
educador está bem ou mal, se a sua sala está acolhedora ou
estressante, sente tudo e responde ao que sente e não ao que vê
concretamente. Se o ambiente lhe é de algum modo hostil ou
emocionalmente oneroso poderá se sentir muito cansado e de fato,
dormir por 13 horas seguidas ou, simplesmente, somatizar.

E
porque nossa sociedade negligencia esse tipo de percepção, o
intuitivo pode nem ao menos se dar conta do modo peculiar de sua
própria percepção, assim, seu desconhecimento contribui para seu
sentimento de inadequação e até de incompetência, pois afinal,
não percebe como a maioria percebe de modo que não responde como a
maioria responde, então conclui que ele está quebrado ou que está
no lugar errado, no mundo errado. Não podemos nos esquecer de que o
olhar do outro é de grande importância principalmente para aquela
personalidade que ainda está em formação.

A
dificuldade encontrada nesse tipo psicológico é a de que eles podem
ter um excesso de confiança em sua intuição e, mediante isso,
criarem fatos e até memórias falsas, as quais serão, por eles
defendidas, como sendo completamente reias.

Funções
racionais (ou funções de julgamento)

As
funções racionais se definem como sendo dois modos possíveis de
tomada de decisão sobre algo, ou seja, de que maneira uma pessoa
prefere avaliar as informações recebidas do meio ambiente e como
prefere tomar suas decisões. Duas são as possibilidades: ou através
de uma análise lógica e racional, baseada em estruturas gerais de
pensamento; ou através de uma avaliação valorativa pessoal.

Assim,
temos o pensamento e o sentimento, respectivamente.

Pensamento

As
pessoas que preferem tomar decisões com base no pensamento procuram
orientar-se por uma lei geral aplicável às situações, sem
permitir a interferência de valores pessoais. Estão atentas à
causalidade lógica de seus atos e eventos.

Incluem
em sua avaliação os prós e contras de uma mesma situação e
buscam um padrão objetivo da verdade.

Apreciam
a organização e a lógica, baseando seus julgamentos em padrões
universais e coerentes. Como são naturalmente voltadas para a razão,
muitas vezes são imparciais em seus julgamentos, porém, conseguem
uma análise isenta de interferências pessoais e com significado
geral.

Essas
pessoas lidam melhor com tarefas (processos lógicos e formais) do
que com pessoas, porque não levam muito em conta os valores pessoais
nem de si e nem dos outros.

Sua
análise possui a disposiçaõ do cientista que mesmo que sua decisão
vá contra si mesmo ainda prefere a realidade objetiva e certa sem os
meandros emocionais que obnubila seu julgamento.

Sentimento

O
sentimento não deve ser confundido com emoção ou afeto, pois a
emoção pode surgir em uma pessoa de qualquer um dos tipos
psicológicos.

As
pessoas que preferem tomar decisões com base no sentimento estão se
utilizando dos seus próprios valores pessoais ou de seu grupo, mesmo
que essas decisões não tenham lógica e objetividade alguma do
ponto de vista da causalidade e das leis gerais.

Nesse
tipo de julgamento as idiossincrasias humanas são respeitadas e se
sobrepõem à lógica, preferindo levar em conta os sentimentos e
impressões pessoais, de modo que estão naturalmente voltadas para
as relações interpessoais.

Enquanto
a pessoa pensamento mandaria embora de sua empresa um funcionário
que não condiz com o seu cargo mesmo que fosse sua mãe, a pessoa
sentimental por ser sua mãe não a mandaria embora nem mesmo se esta
estivesse desviando o dinheiro da empresa para jogos de azar e
bebedeiras constantes.

Elas
levam em conta a história do sujeito, o que já se passou com ele e
o que ainda se passa, justificando e compreendendo seu comportamento
errático atual de modo a protege-lo e preservá-lo de suas
responsabilidades.

Alguem
que esteja sendo julgado por um crime que cometeu terá a
oportunidade junto ao tipo sentimental de ser julgado de acorso com
sua história de vida e seu meio, enquanto que o tipo pensamento irá
se ater a própria questão criminal, se foi um crime terá de se
responsabilizar pelo feito já que está de posse de sua capacidade
mental e capaz de discernir entre certo e errado de acordo com as
leis gerais.

No
entanto se esse criminoso atentou contra os valores pessoais do tipo
sentimental ou de alguém próximo de si, a condenação será
automática e mais terrível do que aquela que o tipo pensamento
faria mediante sua análise legal.

O
tipo pensamento olha para o tipo sentimental e o acusa de ser
melosamente complacente e cheio de “mimimi”, além de entender
que está sempre a usar dois pesos e duas medidas de acordo com
interesse pessoal de si ou do outro que seja amigo, enquanto que o
tipo sentimental olha para o tipo pensamento e o acusa de ser “sem
coração” e “falso”.

ORIENTAÇÃO
PARA PRÁTICA ESCOLAR

Para
que o conteúdo escolar possa atingir todos os tipos psicológicos de
modo adequado é necessário conter os seguintes tópicos;

1
– Configuração lógico-teórica de possibilidades futuras
utilizando e contemplando os tipos:

PENSAMENTO
E INTUIÇÃO

2
– Configuração lógico-prática de utilidade concreta utilizando e
contemplando os tipos:

PENSAMENTO
E SENSAÇÃO

3
– Configuração criativo-pessoal de possibilidades inovadoras
utilizando e contemplando os tipos:

INTUIÇÃO
E SENTIMENTO

4
– Configuração prático-pessoal de possibilidades concretas e
sociais utilizando e contemplando:

SENSAÇÃO
E SENTIMENTO

ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo
homem aceita os limites de seu próprio campo de visão como os
limites de mundo.

(SHOPENHAUER).

A
utilização de uma pedagogia que celebre os contrários estabelecerá
o conflito entre os opostos. É em meio a esse conflito que a
aprendizagem ocorre. Através da união dos opostos explode a
multiplicidade e o acolhimento às diferenças.

O
conhecimento, o pensamento, o sentimento e as percepções perfazem o
comportamento do homo-sapiens-sapiens.

BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA:

C.G.JUNG
– Tipos Psicológicos – Editora Vozes – 1991 – Petrópolis –
RJ

CONSULTÓRIO DE PSICOLOGIA E
ESTUDOS JUNGUIANOS SONIA VAZ

Celular
– (43)
99957.0843

EMAIL
sonialunardon@gmail.com

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